Você sabia que o primeiro semestre no mercado português foi pautado pelo reduzido número de automóveis disponíveis para venda? Em comparação com o período homólogo de 2021 existiu uma redução de 9.4%.
Isto revela algumas feridas ao longo dos anos e que estão longe de estar saradas. Mas desenganem-se os mais pessimistas, esta é uma tendência europeia. A maioria dos países europeus sofre ainda com esta contração dos mercados que apostaram tudo neste novo ano. Portanto, para os que pensavam que era um problema exclusivamente português, fica aqui a nota.
Como exemplo, o mês de junho foi, até agora, o pior dos meses com uma queda de 18% na venda de ligeiros e 30% nos ligeiros de mercadorias. Só apenas na venda de pesados é que se verificou um aumento de 26% das vendas.
Os motivos que levaram a esta desaceleração são já há muito conhecidos. A falta de componentes eletrónicos. Mas não deixam de existir factos curiosos neste contexto.
Alguns dados no geral
- Peugeot — 8713 unidades (-8,5% em relação a 2021);
- Renault — 5584 unidades (-38,2%);
- Toyota — 5434 unidades (+19%);
- Mercedes-Benz — 5239 unidades (-20,8%);
- BMW — 5078 unidades (-19,7%);
- Citroën — 4870 unidades (-12,8%);
- Dacia — 4386 unidades (+115,3%);
- Hyundai — 3976 unidades (+11,7%);
- Volkswagen — 3638 unidades (-15,6%);
- SEAT — 3555 unidades (-9,8%).
Cupra e Dacia
A Cupra e a Dacia tiveram ascensões meteóricas, com um valor em percentagem de 268% e 115% respetivamente. O que mostra que nem tudo é mau.
Duas marcas distintas e em pólos opostos do mercado.
A Cupra com os seus desportivos sobrealimentados com estéticas deslumbrantes que abrem o apetite a qualquer um. Do outro lado, a Dacia, com alguns dos seus designs simplistas, motores económicos e vocacionados para as famílias com rendimentos médios. Mostram que o mercado português é um “case-study” para muitos. Não existe um padrão nem uma regra, existem pessoas que compram bens para o seu uso diário.
Com esta subida, a Dacia alcançou a sétima posição do ranking de vendas no Continente , tendo ficado apenas a 100 carros dos líderes Renault e Peugeot. Esta duas últimas são as que continuam a dominar o mercado nacional.
Kia , Toyota e Hyundai
Curioso foram também as subidas das marcas Kia, Toyota e Hyundai. Estas marcar, aparentemente não foram tão afetadas pela ausência de componentes eletrónicos quanto as demais. E apresentaram igualmente uma subida no mercado nacional face ao contexto.
Tesla
Quem aparenta não ter problemas nas vendas é a marca americana Tesla, com um aumento de 66% continua a sua velocidade de cruzeiro pelo mercado português, apesar do preço elevado das suas viaturas.
A marca continua a agradar a clientes e fãs, mostrando-se fiel aos seus princípios e mantendo o seu nível de equipamento muito próximo entre modelos.
Marcas de luxo
As marcas de luxo tiveram também uma subida bastante curiosa no continente português.
A Maserati, Bentley, Ferrari e Aston Martin, apesar de ser um carro pouco usual para o dia a dia, acaba por registar um crescimento muito acima dos habituais números.
Posto isto, em portugal, o mercado continua a ser dominado pela Peugeot, apesar da quebra nas vendas de 8.5%. Além disso, esta quebra foi claramente inferior à quebra gigante da Renault de 38%.
O último lugar do pódio é ocupado agora pela Toyota que “rouba” a posição à Mercedes, um ponto que pode ser fundamental para a marca nipónica.
Apesar de anímico, o mercado português continua a ser um dos locais menos monótonos, onde o consumidor português continua a querer comprar apesar de todos os entraves que lhe são colocados. Sejam eles os aumentos de combustíveis, a guerra na Ucrânia ou a falta de carros para entrega imediata. Desta forma o caminho continua a ser árduo, mas como sempre o consumidor continua a desbravar caminho em vez de “baixar os braços”.
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Fonte: empresa ACAP e Razão Automóvel
Redação de texto por Alexandre Correia
Edição de texto por Mariana Marques