Sim, pode.
É um facto que o excesso de velocidade é um dos fatores principais para a causa de acidentes nas estradas em todo o mundo.
Os radares são de facto um elemento que pode baixar o excesso de velocidade e esta contraordenação que, muitas vezes, é verificada nas estradas.
Existem muitos fatores que podem levar o condutor a transgredir a velocidade indicada para determinado local. Durante a condução, o condutor pode estar distraído no trânsito ou decidir fazer uma ultrapassagem e, por isso, cometer uma infração, não respeitando o código da estrada, e dessa forma circular em excesso de velocidade.
A curiosidade deste caso, é que nenhuma destas situações se enquadra com o que te vamos contar.
O condutor em causa foi autuado mesmo sem estar a conduzir e enquanto o seu veículo era rebocado. Tudo isto se passou com o proprietário de um Renault Alpine, um desportivo propenso a grandes velocidades, mas que neste caso até ia em marcha-atrás.
As câmaras que estavam instaladas neste radar no Périphérique, que, por exemplo, equivale à 2ª circular em Lisboa, mas na capital francesa, foram analisadas por técnicos que de imediato emitiram o auto de contraordenação: “Renault Alpine deslocava-se às 05h39min da manhã a 79 Km/h numa zona em que o limite está fixado em 70 km/h”.
A multa foi enviada para o proprietário para que o condutor se pudesse identificar. Mas se os técnicos de imagem do radar tivessem tido um pouco mais de cuidado e perdido um bocadinho mais de tempo a analisar tal imagem, verificariam que o veículo se deslocava em marcha-atrás, ou seja, a imagem captou a frente do carro em vez de ter captado a traseira.
Para além disso, circular em excesso de velocidade, em marcha-atrás e amarrado a um reboque, daqueles de assistência em viagem sempre que existe uma avaria, é tarefa mais que evidente que o condutor/proprietário do veiculo nunca poderia ser multado.
Esta dupla gafe das autoridades francesas não passou despercebida pelo EasyRad, entidade que se dedica à contestação de multas deste tipo e que prontamente as divulga nas redes sociais. Este erro grave é um exemplo que poderia ter acabado num processo para a empresa de radares se o proprietário do veículo quisesse contestar sobre as multas por excesso de velocidade.
Consulta o artigo completo em Observador
Redação de texto por Marco Janeiro
Edição de texto por Mariana Marques