Um bocadinho de historia automóvel – Portaro

Um bocadinho de historia automóvel – Portaro

Um bocadinho de historia automóvel traz-nos hoje o jipe Portaro.

 

Quem se se lembra de um todo terreno com linhas quadradas e pouco fluídas?

Apesar de ser apelidado de português, o Portaro tinha descendência romena. Usando a base o Aro 240 4×4, o Portaro começou a ser produzido em Portugal no ano de 1975, na fabrica da SEMAL em Setúbal. Tendo posteriormente passado para o Tramagal, para as linhas de montagem da FMAT (Fábrica de Máquinas Agrícolas do Tramagal).

O nome deriva de PORTugal + ARO, o acordo entre os governos de ambos os países permite o nascimento deste ícone português. A construção dos veículos foi difícil nos primeiros tempos; Portugal passava por grande instabilidade politica, mas os mentores do projeto acreditaram que era possível, produzir e vender o modelo Portaro no mercado automóvel.

Os primeiros jipes eram um misto de mecânicas; Peugeot; GM (Opel) e Volvo. O que fazia com que não existissem dois modelos iguais no mercado.

Com uma visita ao Japão um dos mentores do projeto descobre a Daihatsu, assina um acordo que vai permitir finalmente que o Portaro tenha peças mecânicas todas da mesma origem.

Esta melhoria torna o Portaro melhor ao nivel mecânico do que o seu primo romeno, o Aro. Mas os mentores conseguem ir ainda mais longe, incluindo peças Renault na construção tornando o Portaro ainda mais confortável. Com este melhoramento rapidamente se torna numa referencia do mercado português.

O Portaro começou a ser reconhecido como o todo terreno ideal para trabalhadores de terrenos difíceis, a fábrica do Tramagal começou a trabalhar para exportar 30% a 40% da sua produção. Tendo o Reino Unido como principal cliente.

Com três modelos 280L; 282 DCM e o Campina 4X4 o Portaro era finalmente uma marca reconhecida em Portugal e no estrangeiro estávamos no fim dos anos 80.

Mas 1992 as peças Portaro começam a escassear no mercado nacional, a evolução dos modelos estagna e a concorrência feroz deixa marcas profundas na marca portuguesa, das quais nunca conseguirá recuperar. O Portaro acaba finalmente por desistir da luta em 1995, com ele desaparecem 30 anos de uma historia de sucesso de um projeto português que acaba sem glória na memoria dos demais

Ficam as recordações de quem conduziu ou foi proprietário de um.

Será que existe algum em PiscaPisca.pt ?

Vejam o teste completo efetuado pela TV britânica aqui