Muitas são as medidas que se têm adotado e procurado desenvolver para acelerar a transição energética na Europa e contribuir para o objetivo “net-zero”. Este objetivo pretende reduzir as emissões de gases de efeito de estufa na atmosfera até 2050.
Uma opção sustentável que tem vindo a ganhar cada vez mais destaque para garantir que se atinge este objetivo é a produção e utilização de hidrogénio nas mais diversas indústrias. É o caso da marca Toyota, que já desenvolveu o seu primeiro modelo, o Toyota Mirai, movido a hidrogénio.
E, Portugal, será palco deste impulsionador já em 2026.
A empresa portuguesa Madoqua Renewables está a liderar um consórcio internacional que vai investir um valor que pode chegar aos três mil milhões de euros num projeto de produção de hidrogénio e amónia verdes em Sines, no distrito de Setúbal.
Projeto de Hidrogénio em Sines: o que podemos esperar?
Este projeto surge da parceria entre a Madoqua Renewables (empresa portuguesa) e a Neogreen Hydrogen (empresa canadiana), com a celebração de um contrato que reserva 10.5 hectares em Sines para investir no hidrogénio verde, a começar em 2026.
O projeto está divido em 3 fases:
- A primeira fase prevê que se tenha a capacidade de eletrólise de 60MW, permitindo produzir 9.5 mil toneladas de hidrogénio verde por ano. Esta fase terá um custo de 238 milhões de euros.
- Na segunda fase, o objetivo é atingir a capacidade de 300MW de eletrolisadores, de forma a produzir 50 mil toneladas de hidrogénio por ano. Esta fase terá um custo de 1550 milhões de euros.
- Na última fase, espera-se atingir a capacidade de 540MW de eletrolisadores, o que irá apresentar um custo de 1.25 mil milhões de euros de investimento.
Este é um projeto ambicioso que pretende contribuir com 10 a 15% dos objetivos de investimento para o hidrogénio em Portugal. Para além disso, este projeto vai oferecer, em média, 2500 postos de trabalho, de forma direita e indireta.
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Fontes: Guia Automóvel; Observador
Redação e edição de texto por Mariana Marques