Será o hidrogénio a energia do futuro no mundo automóvel?

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Com a crescente preocupação ambiental e o aumento da procura por carros elétricos, vão surgindo novas alternativas aos motores a combustão e até mesmo às baterias dos carros elétricos. Uma nova opção que surge são os carros movidos a hidrogénio.

Mas, com esta nova opção, surgem vários problemas.

Implementar hidrogénio como uma fonte de energia limpa na indústria automóvel tem vários desafios, nomeadamente o transporte e armazenamento. Para além da dificuldade em obter o hidrogénio devido às enormes quantidades de energia para a sua separação de outros elementos na natureza, armazenar e transportar este componente também é um processo complicado.

Armazenamento do hidrogénio

Para armazenar o hidrogénio enquanto gás, são necessários dispendiosos tanques de alta pressão que superam os 600 bar de pressão. Já enquanto líquido, é necessário que o hidrogénio seja armazenado em temperaturas inferiores a -252 ºC para que se mantenha nesse estado. Tudo isto requer elevados custos energéticos.

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Mas, os cientistas do Instituto de Materiais Avançados da Universidade Deakin (IFM), na Austrália, encontraram uma solução.

Transportar o hidrogénio em pó.

 

Hidrogénio em pó

Este novo processo, descrito pela primeira vez na revista científica Materials Today, consiste em capturar o hidrogénio através de forças mecânicas, usando um moinho de bolas de aço em conjunto com nitreto de boro em pó. É dentro deste aparelho que se coloca o hidrogénio. Isto faz com que o gás fique preso no pó de nitreto de boro.

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Os investigadores da IFM afirmam que, depois deste processo, torna-se muito simples o armazenamento e transporte do hidrogénio à temperatura e pressão ambiente.

O melhor de tudo isto?

Este processo apenas requer uma pequena fração de energia e não gera desperdício.

Esta descoberta representa um avanço enorme no conhecimento sobre a separação e armazenamento deste gás, que o investigador Dr. Srikanth Mateti disse que repetiram a experiência 20 a 30 vezes para acreditar no que realmente estava a acontecer.

Ficámos completamente surpreendidos, mas cada vez que tentávamos obtínhamos exatamente o mesmo resultado, foi um momento «eureca».

 

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Redação e edição de texto por Mariana Marques