Híbridos plug-in poluem até sete vezes mais

As marcas anunciam o melhor de dois mundos para os modelos híbridos plug-in, indicando consumos pouco superiores a 1 litro/100 Km e emissões a partir de 25g de CO2/km, valores pouco impossíveis de alcançar mesmo com a bateria recarregada.

Principal objetivo dos modelos híbridos plug-in

Apelidado de PHEV (Plug-In Hybrid Vehicle), estes veículos são compostos por um motor de combustão interna, juntando um motor elétrico e uma bateria de iões de lítio.

A diferença para um híbrido, dito normal, é o facto de ter uma bateria com maior capacidade de armazenamento, tendo neste caso de ser recarregada, quase como que um carro 100% elétrico onde se pode ligar a uma tomada doméstica ou posto de carregamento. Estes modelos têm uma autonomia muito curta, entrando em funcionamento o motor a combustão, quando a energia da bateria chega ao fim.

Estudo realizado com modelos híbridos plug-in

O estudo da Universidade de Tecnologia austríaca, pretendia testar os modelos híbridos plug-in, com autonomia de até 50 km, e que já há algum tempo estavam na mira do legislador europeu. Isto porque, havia estudos que provam que os condutores, sobretudo dos veículos PHVE maiores e mais caros, raramente recarregam a bateria do automóvel.

Desta forma iríamos saber quais as reais emissões de CO2 dos híbrido plug-in. Para isso, a avaliação foi feita em circuito de cidade e semi-urbano, começando sempre com a bateria carregada e com a indicação dos valores anunciados pelas marcas em modo 100% elétrico.

Os modelos e os resultados do estudo

O estudo que foi realizado pela organização não governamental European Federation for Transport and Environment e teve como alvo três modelos:

  • Segmentos compacto: Peugeot 308 e Renault Mégane;
  • Segmento médio; BMW série 3.

Neste primeiro teste, foram avaliadas as emissões de CO2 com as baterias carregadas, circundado em modo híbrido:

  • Peugeot 308, anunciado, 27 g/Km de CO2, verificado, 33 g/Km de CO2;
  • Renault Mégane, anunciado, 30 g/Km de CO2, verificado, 50 g/Km de CO2;
  • BMW Série 3, anunciado, 36 g/Km de CO2, verificado, 112 g/Km de CO2.

resultados do estudo

No segundo teste, o estudo pretendia comparar as autonomias anunciadas pelas marcas em modo 100% elétrico, medição de circuito combinado, medição em cidade, e valor real medido por o teste.

  • Peugeot 308, circuito combinado 63 km, em cidade 69 km, registado 33,6 km;
  • Renault Mégane, circuito combinado 48 km, em cidade 62 km, registado 49,1 km;
  • BMW Série 3, circuito combinado 56 km, em cidade 59 km, registado 41,2 km.

segundo-teste-estudo

 

Conclusão do estudo

O estudo concluiu então que, o poder político deverá deixar de considerar os PHEV como veículos zero emissões e que todos e quaisquer benefícios devem ser retirados. Caso haja algum tipo de contrapartida, esta deverá ser com base no calculo dos valores em RDE (real driving emissions) para cada unidade.

Outra das conclusões que o estudo defende, é o facto de cada unidade destas, apresentar uma bateria que deva conseguir percorrer mais de 80 km em modo elétrico e que a potência do motor não ultrapasse a da unidade elétrica.

 

Fonte: Observador

 

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