Comprei um carro elétrico, e agora?

Comprar carro elétrico é apontado como o futuro da sustentabilidade e o caminho para a mobilidade livre de carbono. A cota de vendas de carros elétricos na Europa está a aumentar e Portugal não é exceção.

Contudo, é um tema ainda com algumas controvérsias e dúvidas por parte dos consumidores, nomeadamente no que diz respeito a desgaste de baterias, processos de carregamento: como funciona? Onde carregar? É fácil? É mais barato?

Neste artigo pretendemos responder a algumas destas questões.

De acordo com dados da UVE em dezembro do ano passado foram vendidos 135% de carros elétricos em comparação com o período homólogo do ano 2019.

Estes dados revelam que a tendência deste mercado é o crescimento muito possivelmente por questões económicas, mas também pela preocupação ambiental e o foco no uso de energias renováveis e limpas.

Esta vantagem ecológica, já está a ser reconhecida pelos consumidores, como os números revelam, mas será que todos compreendem como funciona o processo de carregamento? Veremos de seguida as possibilidades de carregamento disponíveis, o tempo e os custos associados.

 

Carregamento em casa

 

A opção de carregamento em casa é a mais prática, sobretudo se o fizermos durante a noite, quando não precisamos de utilizar o veículo. O que necessitas?

 

Tomada convencional – até 10A, sendo que precisarás de cerca de 8 horas para carregar o equivalente a 100 quilómetros de autonomia. 

Esta opção tem uma desvantagem que deve ser tida em conta, as tomadas normais não devem ser sujeitas a longos períodos de carga.

 

Carregador –  esta é uma opção a atentar para quem tem carro elétrico, pois neste caso, consegues fácil instalação aliada a uma maior rapidez – entre 4,5 a 2,5 horas, conforme a potência do aparelho, para carregar o equivalente a 100 quilómetros de autonomia. Além da rapidez, este dispositivo garante maior segurança do carregamento.

 

Carregamento em Postos Públicos

 

Esta é opção mais óbvia se estás fora de casa, ou em viagem e precisas carregar o teu carro.

Para o efeito, podemos recorrer à rede pública, disponível não só em postos de abastecimento de combustível, bem como, em diversas superfícies comerciais.

 

O que precisas?

Cartão de Carregamento – Para o conseguir só tens de escolher um dos Comercializadores de Eletricidade para a Mobilidade Elétrica (CEME) e aderir a uma proposta comercial. Depois disso irás receber o teu cartão de acesso a todos os postos de carregamento da rede.

Principalmente para  preservar a bateria do teu carro, os postos de carregamento rápidos devem ser evitados sempre que possível e utilizados apenas em casos de emergência.

Não deve deixar que a bateria descarregue completamente.

Recomenda-se que esta seja carregada apenas até aos 80%, pois se agir dessa forma está a evitar o seu desgaste mais rápido.

 

É possível calcular o tempo de carregamento dos carros elétricos?

Depende de diversos fatores. Contudo é possível obter uma média  proximada do tempo de carregamento dos carros elétricos consoante o posto:

 

Que Fatores interferem no tempo de carregamento?

  1. Intensidade (da corrente disponível).
  2. Potência (do carregador do carro).
  3. Temperatura ambiente 
  4. Número de veículos elétricos a carregarem em simultâneo 
  5. Nível da bateria(se a percentagem de bateria do veículo for inferior a 20% ou superior a 80%, a velocidade do carregamento pode ser inferior).

 

 

 

 

É mais barato?

A resposta é sim!

Conduzir um carro elétrico é sempre mais barato, pois carregar a bateria custa bastante menos do que atestar o depósito a diesel ou a gasolina.

De acordo com o Índice Anual Car Cost Index 2020 da Leaseplan, em Portugal, pode representar uma poupança mensal de 100 euros face a um veículo a diesel e de 219 euros se compararmos com um carro a gasolina.

Claro que nestas contas de poupança vão intervir diversos fatores.

É importante referir que para além do valor base de consumo de energia por kWh, o custo de carregamento inclui outras taxas e tarifas. A saber:

Para utilizares os pontos de carregamento tens obrigatoriamente de ter um cartão de acesso à rede, cartão esse que implica um contrato com um dos Comercializadores de Eletricidade para a Mobilidade Elétrica (CEME), onde irá ser definido o valor que lhe será cobrado.

Este contrato pode estipular um valor por kWh ou então definir um valor fixo mensal. Cabe aqui ao consumidor pela opção que lhe seja mais vantajosa, tendo em linha de conta sobretudo os Km mensalmente.

Para além destes valores, o custo para carregar o carro elétrico inclui também a tarifa do Operador de Posto.

Resumindo, o custo de carregamento de um carro elétrico depende:

  • Da tarifa definida no contrato
  • Da tarifa de operaçãodo posto de carregamento
  • Das taxas e impostos a pagar ao Estado

Resumindo, apesar de os carros elétricos ainda serem mais caros do que os carros movidos a combustível, esta diferença vai se dissipar com a poupança no combustível.

Muito possivelmente a diferença no custo também será absorvida ao longo do tempo pela inovação nos custos de produção e das baterias, e o natural aumento da procura destes veículos

A autonomia dos carros elétricos será cada vez maior e há cada vez mais alternativa de carregamento (casa, condomínio, trabalho e rede pública), assim a tendência é para que cresçam exponencialmente.

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Fontes : EDP, ACP

 

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